segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Você sabe o que são RADICAIS LIVRES?

Eles são conhecidos como os grandes vilões causadores de processos degenerativos no nosso organismo. Mas o que pouca gente sabe é que os radicais livres também são essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. Como isso é possível?


Tire essa e outras dúvidas sobre as moléculas mais polêmicas entre os praticantes de atividades físicas



1 - O que são?

Para entender exatamente o que são os radicais livres, vale resgatar alguns princípios básicos daquelas aulas de biologia e química. Nosso organismo é formado por células e estas, por sua vez, necessitam de oxigênio para transformar os nutrientes que absorvemos dos alimentos em energia. Lair Ribeiro, nutrólogo e cardiologista, explica que este processo de oxidação – que é a queima de oxigênio – promove uma mudança na estrutura das moléculas que compõem estas células.Todas as moléculas são formadas por átomos que possuem um núcleo cada. Em volta deste núcleo existem diversos elétrons, positivos e negativos, distribuídos em camadas. “Na última delas estes elétrons sempre aparecem em pares e é exatamente quando um deles se desfaz que os radicais livres são originados”, conclui. Então, basicamente, os radicais livres são estas moléculas ímpares que circulam pelo nosso organismo em busca de atingir sua estabilidade.

2 - Por que são importantes?

A formação dos radicais livres é um processo natural do organismo, que faz parte do nosso metabolismo e infl uencia no bom funcionamento do nosso corpo, por isso, não deve ser inibida por completo. Lair Ribeiro costuma dizer que, sem radicais livres, não há vida. E há quem concorde com ele. Mário Roberto Marostica Jr, engenheiro de alimentos e professor de uma das mais renomadas universidades do país, afi rma que os radicais livres são muito úteis para nossa saúde, principalmente no que diz respeito ao combate das infecções às quais ficamos expostos no dia a dia. “Os radicais livres fazem parte de um mecanismo natural de defesa do nosso corpo e podem ser importantes aliados na luta contra vírus e bactérias”, pontua Mario Roberto.

3 - Quando se tornam prejudiciais?

Apenas quando há uma produção excessiva de radicais livres no organismo. O nutrólogo e também cardiologista informa que o acúmulo destas moléculas ocasiona um fenômeno denominado estresse oxidativo, que pode trazer inúmeros problemas à nossa saúde. “Além do envelhecimento precoce, como muitos já tem conhecimento, o excesso de radicais livres no corpo pode gerar doenças cardiovasculares, como enfarto e derrame, e até mesmo doenças degenerativas, como o câncer”, detalha. Os riscos são muitos, mas a questão não deve ser encarada com desespero. É que, segundo explica o engenheiro de alimentos, os radicais livres não são os únicos responsáveis pelo desenvolvimento destes problemas. “Há uma grande influência, mas estas doenças decorrem de uma associação entre a presença significativa destas moléculas no organismo e outros fatores como a distribuição genética e o meio ao qual o indivíduo está exposto”.

4 - O que acelera sua produção?

São muitos os fatores que contribuem para o aumento de radicais livres no nosso organismo, mas os principais estão relacionados ao estilo de vida das pessoas. São eles: má alimentação; rotina estressante; prática exagerada ou inadequada de atividades físicas, como quando o ritmo ou a intensidade do exercício não condiz com o perfi l do atleta e causa um desgaste muito grande; transtornos psicológicos como o excesso de ansiedade; consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas. Quem tem uma vida regrada em todos estes aspectos está menos propenso a desenvolver problemas causados pelo acúmulo de radicais livres, porém, não estão isentos. Mário Roberto lembra que alguns fatores externos também podem acelerar a produção destas moléculas no nosso organismo. “A exposição à poluição e outras questões ambientais podem ser tidas como exemplos destes fatores”, complementa.

5 - Como combater?

Uma dieta rica em antioxidantes é o remédio mais indicado para prevenir – e combater – aquela quantidade extra de radicais livres que nosso organismo não precisa. Lair Ribeiro enfatiza que o ideal é que o indivíduo inclua no seu cardápio uma grande variedade de frutas e legumes. Ele ensina que esta mudança de hábito pode ser feita de duas maneiras: através da ingestão de alimentos naturais ou, ainda, de produtos concentrados que tenham estes componentes.

Para Mário Roberto, porém, só isso não basta. “É de extrema importância que a pessoa deixe de consumir frituras, porque possuem altas concentrações de conservantes, e outros alimentos hipercalóricos”, explica.
Ele entende que manter o corpo magro, sempre respeitando as particularidades de cada um, é o melhor caminho para uma vida saudável.

6 - Inclua na dieta

Em busca de aumentar o leque de possibilidades para o seu cardápio, ouvimos a opinião de mais um especialista sobre quais são os alimentos mais indicados para este caso. Ademir Jr, que é médico dermatologista, revela que folhas e castanhas também auxiliam neste processo junto com as frutas e os legumes. “Os campeões na capacidade de absorver os radicais livres no metabolismo são: acerola, kiwi, laranja, maçã, banana, cenoura, romã, castanha-do-pará, brócolis e espinafre”, recomenda.
O nutrólogo concorda, mas faz a ressalva de que o açaí é um dos mais poderosos antioxidantes existentes na natureza. Ele aproveita para informar que alguns estudos e experiências realizados nos Estados Unidos vêm comprovando a eficácia da romã para este propósito.

7 - Escolha o seu

Os suplementos alimentares apresentam um papel fundamental no combate à formação do estresse oxidativo no nosso organismo. O dermatologista conta que eles ajudam a amenizar o cansaço após os exercícios, colaboram com a recuperação do corpo, melhoram o desempenho e contribuem para a manutenção da saúde dos atletas. “Principalmente nos atletas de performance ou naqueles que costumam praticar exercícios com mais frequência e disciplina”, pontua. No que diz respeito ao uso de suplementos para inibir a produção excessiva de radicais livres, os três especialistas recomendam que os mais indicados são aqueles que contêm complexos bioativos, selênio, vitamina C, vitamina E, cacau, açaí e até

chocolate amargo.

Fonte: www.revistasuplementacao.com.br/

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